O telescópio vê um pixel de vida.
Depois de anos andando em labirinto, Charles observa o céu com o vitral com desenho de fênix aberto, no topo do prédio mais alto da metrópole.
A alquimia de fazer o universo um origami, dobrando tempo e espaço em busca de uma fagulha que seja.
Agora está ali, olhado um ser não identificado, em formato de sereia, num lugar de pouca luminosidade.
Ficou ali perscrutador, intrigado com o ser.
Que o olha de volta.
O ímpeto da criatura fez devaneio na amplitude efêmera do olhar, como se fosse conectado ao flagra.
Sentiu a fragrância daquele ambiente que até então olhava de perto.
Conectou-se de fato com o desconhecido.
O sussurro foi em uma língua sem precedentes.
“Quem é você?”.
A consciência de Charles entra em metamorfose até deixar de ser consciência.